domingo, 21 de setembro de 2008

Auto-análise

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor. (Mario Quintana)

Gosto de as vezes digitar um autor no google e achar coisas que realmente eu gostaria de ter escrito. Mas não teria graça se eu tivesse escrito, acho mais belo poder me ver nas palavras de outra pessoa, mesmo ela nem tendo ideia que um dia eu ia me identificar. Não, acredito que ele sabia que pessoas comuns se identificariam. Bons poetas são assim, escrevem e fazem um punhado de gente, bem diferente umas das outras lerem suas obras e perceberem que ali tem um pouco de si. Te digo que a melhor descrição sobre mim, não são as que eu fiz, e muito menos a dos meus amigos ou familiares (eles são muito tendenciosos as vezes), e sim do que leio e me percebo dentro. Pois é, "De tarde anoiteço / De noite ardo"

Um comentário:

Ayres. disse...

é um belo poema.
engraçado como algumas pessoas não conseguem se definir e já outras têm certeza absoluta do que são.
pessoas óbvias são um porre.