domingo, 14 de setembro de 2008

Contradição Momentânea

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo"
- Mario Quintana


Não. Não acho bom. Sim, contradizo um poeta, eu, uma adolescente de 16 anos, cansada de ficar pelas bordas da vida chorando por salvação, enquanto estou me afogando nas minhas próprias lagrimas. "É uma fase, você aprende com os erros, e você sofre hoje pra ser feliz no futuro". Se eu ganhasse 1 real por cada vez que ouço isso, estaria rica. Morrer de amor, ah, talvez seja a segunda ou terceira vez. Sou sentimental, assumo, e me apaixono a cada esquina, mas morrer de amor, estou vivendo isso, depois de morrer por 3 anos por uma pessoa que hoje nem deve lembrar de mim. Será que por quem morro vai lembrar de mim daqui a um tempo, afinal, se hoje ele demora para lembrar meu nome, a tendencia é piorar. E continuo me afogando, em ondas cada vez maiores. Não deveria ser assim, me acostumei a ter esse sentimento dentro de mim, e as vezes não parece a primeira vez. E não é. Sorrio falsamente para meus amigos que perguntam 'o que houve'. Respondo que houve nada, mas corro pro banheiro para chorar, porque houve tudo. Tudo. Como sempre houve. E agora, num domingo em que ouço só musicas que me lembram quem morro de amores, quero mesmo que esses mosquitos de fim de tarde acabem comigo.



No fundo, acredito que poderei afirmar Mario Quintana com orgulho.

Um comentário:

Ela disse...

Lembrou-me Los Hermanos em Sentimental.
Que já diz mais que mil canções ou sonetos.